Tag: Nó em Pingo D’Água

Mil variações | One thousand variations

🇬🇧 Joyce Moreno, or just Joyce, globally recognized for her Bossa Nova tunes, writes, plays and sings music non stop since the 60s. Her scat works (singing without lyrics) is huge and original. One of my preferred compositions is Feijão com Arroz, from one of the albums she released with her husband, the drummer Tutty Moreno. There is also Ulisses Rocha, one of our acoustic guitar colossus, playing one of his most complex compositions. His perfectionism is absolutely impressive. Then we visit the extraordinary Quinteto Armorial in the 70s for a taste of how they left their mark forever in the Northeast music. Heading South, we stop in Rio for a nostalgic composition of K-Ximbinho by Zé da Velha e Silvério Pontes. We also visit Neymar Dias, versatile multi-instrumentist from São Paulo’s music scene that explores new possibilities for the Brazilian viola. And then we arrive in Rio Grande do Sul for a modern execution of an Hermeto Pascoal theme written for and played by Renato Borghetti. This episode is amazing, enjoy!

🇧🇷 Joyce Moreno, ou só Joyce, conhecidíssima representante global da Bossa e MPB, compõe, arranja e canta sem parar desde a década de 60. Seu trabalho com scats (canto sem letra) é imenso e muito original. Uma das minha preferidas é a Feijão com Arroz de um dos álbum que lançou com seu marido, o baterista Tutty Moreno. Tem também o Ulisses Rocha, colosso do violão, tocando uma de suas composições mais complexas e lindas. Seu perfeccionismo é impressionante. Damos um pulo aos anos 70 para visitar o Quinteto Armorial, extraordinários que são, deixaram sua marca para sempre na música nordestina. Rumo ao sul, paramos no Rio para uma nostálgica composição de K-Ximbinho ao som dos sopros debochados de Zé da Velha e Silvério Pontes. Visitamos também Neymar Dias, versátil multi-instrumentista da cena paulistana que vive explorando novas possibilidades na viola. E chegamos no Rio Grande do Sul para um modernoso tema de Hermeto Pascoal escrito para e tocado por Renato Borghetti. Este programa está lindo, aproveite!

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A voz como instrumento | Voice as an instrument

🇬🇧 The voice, when freed from the song lyrics, becomes an instrument. Of the kind that unleashes the most incredible possibilities. The queen of the “bá-tchicum-dum” style is undoubtedly Joyce — she has more than 30 recordings like this. But there is also the groovy-maracatu side with Grupo Feijão de Corda. Also the highly lyrical version of a Jacob do Bandolim composition adapted by Nó em Pingo D’Água. And since the whole world wants to play Brazil, we also invited german singer Céline Rudolph and Los Angeles Guitar Quartet with Luciana Souza to galvanize it all with a for export label. A selection to enjoy with eyes closed.

🇧🇷 A voz, quando subtraída a letra da canção, vira um instrumento. Dos mais bonitos, dos que permitem as mais incríveis possibilidades. A rainha do estilo “bá-tchicum-dum” é Joyce, que tem mais de 30 gravações belíssimas do gênero. Mas há também a faceta groovy-maracatu com o Grupo Feijão de Corda. E também a versão super lírica que o Nó em Pingo D’Água fez para uma composição de Jacob do Bandolim. Como o mundo inteiro quer cantar e tocar o Brasil, trouxemos também a alemã Céline Rudolph e o Los Angeles Guitar Quartet com Luciana Souza prá deixar tudo bem estilo exportação. Uma seleção prá curtir de olhos fechados.

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Anos 80 e outras coisas | The 80’s and others

🇧🇷 Guilherme Arantes é um dos colossais da MPB, teve suas famosíssimas canções gravadas por inúmeros cantores. Seu trabalho instrumental é raro mas põe em evidência o excelente compositor que ele é. Seu álbum de solos de piano não tem nada de ritmos brasileiros, nem o estilo “Anos 80” (largamente determinado pelo próprio Guilherme Arantes), é essencialmente New Age, elegante e merece atenção. Deliciosa também a parceria do Uakti (outro grupo de tendências New Age) com Túlio Mourão para uma moda de viola de Tavinho. E já que falamos dos Anos 80, um dos melhores representantes instrumentais daquela sonoridade é o Cama de Gato, com um tema lindo e jovial de seu brilhante baixista, Arthur Maia.

🇬🇧 Guilherme Arantes is amongst the Brazilian Popular Music (MPB) colossus. Many famous singers recorded his songs. His pure instrumental works are rare but puts in evidence the excellent composer he is. His piano solo album has nothing about Brazilian rhythms nor the 80’s music style (widely determined by Guilherme Arantes himself), is essentially New Age, elegant and deserves our attention. Also tasty is the partnership between Tulio Mourão and Uakti (another group with New Age tendencies) for a viola theme by Tavinho Moura. And since we cited the 80’s, we bring Cama de Gato as one the best instrumental representatives of that picturesque sound style, featuring a sticky and lively theme by their brilliant bass player, Arthur Maia.

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Estreia ansiosa | World première

🇬🇧 Of course it’s all just a matter of taste.

But there is a consensus that Italy created the best food, the best perfumes are French and the best design is made in Denmark.

So being a well-travelled person, I would venture to suggest that the best music in the world is made in Brazil.

The style variance that we have from North to South, the mix of rhythms and hue, from the beach to the countryside, from East to West, from the most emotional and lyrical slow bossas to the lively folk maracatus, makes the Brazilian musical scene exuberant and globally unique. An art phenomenon and a cultural heritage for human kind.

Brasil Abstrato radio plays the coconut milk — a sweeter swinging crème de la crème — of Brazilian instrumental music. It is a project that looks over the shoulders of giant Brazilian artists in order to take their work to the four corners of the world.

This première of Brasil Abstrato is a mix of many styles. We travel between the renovated Choro of Nó em Pingo D’Água, outstanding acoustic guitar player Ulisses Rocha and go from North East Brazil with SaGRAMA, Spokfrevo to extreme South with Renato Borghetti, passing through the midcountries with Paulo Freire. Enjoy !

🇧🇷 É claro que tudo é uma questão de gosto.

Mas há um consenso de que a Itália criou a melhor comida, os melhores perfumes são os franceses e o melhor design é feito na Dinamarca.

Então, entendido e viajado que sou, arrisco dizer que a melhor música do mundo é feita no Brasil.

A variância de estilos que temos de Norte a Sul, a mistura de matizes e ritmos praieiros e do Sertão, de Leste a Oeste, do profundamente emotivo e lírico das bossas mais lentas até o vividamente colorido e alegre dos maracatus folclóricos, faz o cenário musical brasileiro ser exuberante e globalmente imbatível. Um fenômeno da arte e um patrimônio para a humanidade.

A rádio Brasil Abstrato toca o leite de coco da música instrumental brasileira — pra não dizer o crème de la crème. É um projeto que monta nos ombros dos gigantes músicos brasileiros pra levar sua obra aos quatro cantos do mundo.

Este programa de estréia traz uma mistura de muitos estilos. Começaremos com um Choro clássico de Jacob do Bandolim renovado pelo Nó em Pingo D’Água, o extraordinário violonista Ulisses Rocha e viajaremos do Nordeste, com SaGRAMA, Spokfrevo até o extremo Sul com Renato Borghetti com sua gaita ponto, passando pelo interiorzão da Viola Brasileira de Paulo Freire. Curta !

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