As Esquinas de Minas | Corners of Minas
🇧🇷 Programa homenageia artistas mineiros e sua música. O ponto de partida é obviamente o seminal álbum Clube da Esquina de 1972, mas expande para outros estilos e artistas conectados ao estado de Minas Gerais.
🇬🇧 Episode is a tribute to artists from the state of Minas Gerais. Starting point is obviously the seminal album Clube da Esquina of 1972, but expands to other styles and artists connected to that state.
Viagem pelo Brasil | Travel across Brazil
🇬🇧 An episode with mixed things, just an excuse to fly across the whole country. Enjoy modern and traditional artists and their compositions. Most traditional here are pianist Waldir Calmon, Sivuca and Paulinho Nogueira. Most moderns sounds are provided by Torcuato Mariano, Gabriel Levy, Fabio Torres, Gabriel Improta and OBMJ. There are also the ones that stay in the middle, mixing old style with refreshed interpretations: Francisco Mario, Toninho Ferragutti and Neymar Dias.
🇧🇷 Um programa com sons variados, só uma desculpa para voar por todo Brasil. Curta artistas modernos e tradicionais, suas composições e interpretações. Os mais tradicionais aqui são o pianista Waldir Calmon, Sivuca e Paulinho Nogueira. Sons mais modernos são tocados por Torcuato Mariano, Gabriel Levy, Fabio Torres, Gabriel Improta e OBMJ. Tem também os que ficam no meio do caminho, misturando estilos clássicos com uma interpretação renovada: Francisco Mario, Toninho Ferragutti e Neymar Dias.
Guitarras Elétricas
🇧🇷 A inspiração para este programa veio ao assistir a Lari Basilio vencer um festival de música de 2014 com Walking by Faith. Sonzeira de primeira. A guitarra elétrica é menos comum na música brasileira mais tradicional, mesmo assim temos ótimos guitarristas por aqui, numa seleção que soa mais como rock instrumental ou jazz da pesada. Temos encontro marcado com os mestres Pepeu Gomes e Victor Biglione. Ulisses Rocha, geralmente no violão, sempre se mantém em forma na guitarra também. E trazemos também nossos comparsas do Rock-MPB, 14 Bis e Cor do Som, que sempre nos presentearam com ótimos riffs e também gravações instrumentais. Menção especial ao guitarrista Olmir Stocker (o Alemão do Alemão e Zezo e que toca também no Cor do Som e no Grupo Medusa). Guitarra elétrica costuma andar junto de teclados, bateria e baixo mais pesados, então preste atenção neles também. Em alto e bom som !
🇬🇧 Inspiration for this episode came from Lari Basilio wining a music festival in 2014 with her excellent Walking by Faith. Electric guitar is less common in traditional Brazilian music, but we bring our outstanding guitarists in a selection that may sound more like hard rock or jazz. We’ll meet masters Pepeu Gomes and Victor Biglione. Ulisses Rocha, usually playing the acoustic guitar, is always in shape to play the electric guitar too. We also bring our friends from Brazilian-Rock-Pop scene, 14 Bis and Cor do Som, that always fed us with good riffs and instrumental recordings. Special mention to guitarist Olmir Stocker (the Alemão of Alemão e Zezo and who also plays in Cor do Som and Grupo Medusa). Electric guitar use to walk along heavier bass, drums and keyboard, so pay attention to these too !
Prá tocar a alma | To touch our souls
🇬🇧 This is an episode full of emotions and lyricism. Joyce comes along with Neilor Proveta‘s precise clarinet to bring once again her amazing scats. André Mehmari also takes us for a flight in Mairiporã with a delicate execution full of instruments and voice, like a prayer. Ernesto Nazareth‘s Celestial is not well known but has an important place amongst master’s works. Arthur Maia died not long ago but made history with a legacy of outstanding compositions that also show the delicate side of his instrument, the electric bass. Quarteto Romançal deserves special attention, their recordings are rare and live in the edge of popular and classical music. Take this episode with an open heart !
🇧🇷 Num programa emocionante do começo ao fim, selecionamos composições e execuções muito líricas. Joyce vem acompanhada do clarinete preciso de Proveta para mais um de seus scats. André Mehmari também nos leva para voar em Mairiporã com uma delicada execução cheia de instrumentos e voz, como se fosse uma reza. A Celestial, de Ernesto Nazareth, é pouco conhecida mas ocupa um lugar de muita importância na obra do mestre. Arthur Maia, um grande baixista, nos deixou recentemente, mas fez história com um legado de maravilhosas composições que mostram também o lado delicado de seu instrumento quase percussivo. E atenção especial ao Quarteto Romançal, cuja obra é rara e difícil de encontrar. Ouça este programa de peito aberto !
Viola Brasileira | Brazilian 10 String Guitar
🇧🇷 Viola Brasileira, também conhecida como Viola Sertaneja ou Viola Caipira, instrumento que visualmente parece um violão mas possui alma completamente diferente. Um violão brasileiro tem 6 ou 7 cordas de nylon, já a viola tem 10 cordas de metal. Suas afinações também são diferentes, com nomes bonitos como Cebolão, Rio a Baixo etc.
Não deixe os termos “caipira” ou “sertanejo” te enganarem. Se essas palavras tem o estigma (distorcido) de algo simplório, atrasado, ingênuo ou remoto, os músicos e o universo da Viola Caipira são na verdade bastante eruditos, tem formação musical avançada e universal e fazem uma bela e importante ponte entre toda sua erudição com a cultura rural, do boi, do campo, da colônia e de um Brasil rústico e nostálgico, cheio de sotaque e longe da cidade grande.
A Viola de hoje é um instrumento que só existe no Brasil, motivo suficiente para valorizarmos seu universo. O estilo dos violeiros foi se transformando ao longo dos anos e das regiões do Brasil. No circuito tradicional temos Renato Andrade como um ícone. Sua história é parecida com a de outros violeiros famosos: formação erudita — de violino, no caso de Renato — que a certa altura da vida se inclina para as maravilhas da viola. Eu considero Renato o Mozart da viola caipira pois não criou estilos, não revolucionou nada, mas deixou um legado emocionante e lindo. É como se sua obra fosse um eixo referencial de onde derivam as inovações de violeiros mais recentes.
No circuito inovador, Paulo Freire é um dos que merece menção. Inspirado pelo Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, partiu para o Vale do Urucuia descobrir como era o som do sertão. E lá conheceu Manoel Oliveira, lavrador que lhe ensinou sua viola em troca da ajuda de Paulo na plantação. Acredito — e acho que Paulo concordaria comigo — que sua formação violeira não estaria completa se não fosse seu tempo de lavrador no sertão de Minas, além das aulas de música. O Duofel, apesar de sua veia vanguardista paulistana que nunca é associada com a viola, é um duo de viola brasileira (o Fernando) e violão (o Luis). Ainda no circuito novo, temos Neymar Dias, multi-instrumentista da cena paulistana que trafega com sua viola de Bach, de Beatles, ao mais moderno, sem deixar as clássicas modas de viola e guarañas de lado. Inesquecível também o Ricardo Vignini que explora diversas possibilidades da Viola, e na Beijando o céu que escolhemos aqui, trouxe ninguém menos que o guitarrista Lúcio Maia, do Nação Zumbi, para lhe acompanhar.
Na seleção, tentei cobrir o Brasil inteiro, do Sul de Valdir Verona ao Nordeste de Adelmo Arcoverde. Mas calma que sempre vai ter mais Viola em todos os programas.
🇬🇧 Viola Caipira (as defined on Wikipedia) looks like an acoustic guitar but has a completely different soul. Instead of 6 or 7 nylon strings of an acoustic guitar, the viola has 10 metal strings with unique tunings. While commonly associated with folk music of the countryside and its simple life, the violeiros (viola musicians) have advanced and universal musical education. Probably this contrast is the most fascinating aspect of viola recordings, because our violeiros are very successful in building bridges between these two worlds.
Most traditional tunes on this selection can be heard from Renato Andrade, maybe Rodrigo Delage and Roberto Corrêa. While most other tracks sound more modern. Or a mix, I don’t care, because they are all very beautiful.
Homenagens e belezuras | Homages and cuties
🇧🇷 Este programa inclui dois lindos temas de Ernesto Nazareth tocados de formas completamente diferentes. E algumas homenagens que nós e os músicos queremos fazer. Uma para Raphael Rabello, esse que foi um dos maiores violonistas do Brasil. E para Jacob do Bandolim, encarnado em seu Conjunto Época de Ouro, que continua nos delirando com beldades do choro tradicional mesmo depois da partida de seu fundador. O Época de Ouro está aqui muito bem acompanhado pelo pianista Cristóvão Bastos. E Alessandro Penezzi e seu violão 7 cordas vêm homenagear todos os choristas paulistas com um belíssimo tema em ritmo de choro.
🇬🇧 This episode includes two gorgeous songs by master Ernesto Nazareth played in completely different styles. And some homages that we and the artists want to do. One for Raphael Rabello, which was one of our best acoustic guitar players. And for Jacob do Bandolim, represented here by his Conjunto Época de Ouro, which still impresses us with traditional Choro even after Jacob dead. Época de Ouro is well accompanied by the pianist Cristóvão Bastos. And Alessandro Penezzi with his 7 string acoustic guitar, conveying homage to all Choro artists from São Paulo state with an amazing theme.
Nordestinos e sua música, parte 2 | Northeast people and their music, part 2
🇬🇧 From the most original rhythms, strongest contrasts, Brazilian Northeast is a land of intriguing culture. This second part dedicated to northeastern artists (see the first part), we bring Heraldo do Monte, SaGRAMA, Spok Frevo Orquestra, Hermeto Pascoal, Fernando Melo (from Duofel) and many others.
🇧🇷 Berço dos ritmos mais originais, terra dos maiores contrastes, região de cultura intrigante é o Nordeste Brasileiro. Esta segunda parte dedicada aos músicos nordestinos (veja a primeira parte) trazemos Heraldo do Monte, SaGRAMA, a orquestra de frevo do Spok, Hermeto Pascoal, Fernando Melo (do Duofel) e muitos outros.
Radio Mix
🇧🇷 Tetê Espíndola, sempre experimentando, nos ilude (trompe l’oeil) com uma gravação que parece ter uma orquestra inteira a suportando, mas nada ali é mais do que sua própria voz singular, sobreposta em diversos canais. Hamilton de Holanda, um dos maiores artistas da cena musical brasileira atualmente, também impressiona com a velocidade e precisão que toca seu bandolim. Faz até Jacob saltitar no céu. Tem também Sidnei de Oliveira, violeiro do interior de São Paulo, com uma belíssima composição. Um pulinho nos anos 80 com o Grupo Medusa e muito mais!
🇬🇧 Always experimenting, Tetê Espíndola tricks us (trompe l’oeil) with a recording that looks like an entire orchestra, but it is just her unique voice mixed in multiple layers. Hamilton de Holanda, one of biggest artists of current musical scene, also impresses with the speed he plays his mandolin. Makes even Jacob do Bandolim dance in heaven. There is also Sidnei de Oliveira, violeiro from São Paulo country side, with an outstanding composition. A fast visit to the 80s with Grupo Medusa and much more !
Nordestinos e sua música, parte 1 | Northeast people and their music, part 1
🇬🇧 From the most original rhythms, strongest contrasts, Brazilian Northeast is a land of intriguing culture. Throughout this episode (and its second part), note how a lot resembles classical music, either in instruments or in group formations. And these geniuses play it with frevo and maracatu! Ariano Suassuna and his league founded the Armorial movement in the 1970s providing the ideological DNA for this mix. From there, Antônio Madureira, Antônio Nóbrega, Capiba, Cussy de Almeida and later Sergio Campelo (from SaGRAMA) managed to originally fuse everything with style and extreme beauty. Honorable mention to Madureira who started the extraordinary Armorial Quintet and later Romançal, provided memorable compositions that continue to influence a legion of artists who deserve all the spotlights. The armorial style compositions, even without lyrics, seem to tell epical stories, like movies. It is a privilege to be close to all of this. But we don’t stop here. The more universal Brazilian Instrumental music practically came to life through the hands of northeastern Hermeto Pascoal and Heraldo do Monte when they formed the Novo Quartet in the 1960s, also represented in this 2 episodes. Since then, dear northeastern people traveled the world, cooked more musical deliciousness and here they are with Sivuca, in Jacaré‘s mandolin, Fernando Melo (from Duofel) and many others. Special attention to the sound of the Brazilian Viola across these episodes — which is commonly associated with the caipira scene in the Southeast and Middle West — has a completely refreshed incarnation in the Northeast, called repente.
🇧🇷 Berço dos ritmos mais originais, terra dos maiores contrastes, região de cultura intrigante é o Nordeste Brasileiro. Ao longo deste programa (e de sua segunda parte), perceba como quase tudo lembra música clássica, tanto nos instrumentos quanto nas formações dos grupos. E o mais incrível é que esses verdadeiros gênios o fazem tocando frevo e maracatu! Suassuna e sua trupe fundaram o Movimento Armorial na década de 1970, que proveu o DNA ideológico para essa mistura. Aí Antônio Madureira, Antônio Nóbrega, Capiba, Cussy de Almeida e depois Sergio Campelo (do SaGRAMA) trataram de fundir tudo direitinho com extrema beleza e originalidade. Menção honrosa a Madureira que iniciou o extraordinário Quinteto Armorial e depois Romançal, nos presenteou com composições memoráveis que continuam influenciando uma legião de músicos que merecem todos os holofotes. As composições armoriais, mesmo instrumentais, sem letra, parecem contar histórias épicas, cinematográficas. É emocionante estar próximo de tudo isso. Mas não paramos aí. A música instrumental brasileira mais universal praticamente nasceu nas mãos dos nordestinos Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte quando formaram o Quarteto Novo na década de 1960, devidamente representados nestes dois programas. Desde então vários queridos nordestinos viajaram o mundo, cozinharam mais misturas e estão aí com Sivuca, Fernando Melo (do Duofel), no bandolim do Jacaré e muitos outros. Atenção especial também à sonoridade da Viola Brasileira, espalhada pelos programas, tão peculiar da cena caipira do sudeste e centro-oeste, tem uma encarnação completamente nova, repentista, no nordeste.
O mundo inteiro toca Brasil | Whole world plays Brazil
🇧🇷 Este programa é dedicado aos músicos estrangeiros que ao longo de suas carreiras foram tocados pela ginga brasileira. Algumas gravações aqui são históricas, como a do Paco de Lucía + Al Di Meola + McLaughlin. Ou Yo-Yo Ma tocando Jacob do Bandolim tão docemente. Ou a honra de ter a incrível superbanda Snarky Puppy mandando um baião supercompetente. Sem contar a delicadeza britânica do Eden-Stell Guitar Duo tocando nosso paulistaníssimo Bellinati, ou, direto das ruas de Barcelona, o Trío Gótico interpretando Gismonti. Ou músicos como Michi Ruzitschka, que se mudam para o Brasil perseguindo seu sonho de Música Brasileira. É interessante também sentir como os venezuelanos do Gurrufío misturam suas raizes musicais originais com a ginga brasileira. Enfim, a música do mundo todo!
🇬🇧 This episode is dedicated to the non-Brazilian artists that got influenced by Brazilian Music during their careers. We bring historical recordings by Paco de Lucía + Al Di Meola + McLaughlin. Or Yo-Yo Ma playing Jacob do Bandolim in such a sweet way. Or being honored by the Snarky Puppy superband playing a baião in their supergroovy style. Not to mention the delicate interpretation of Eden-Stell Guitar Duo for a Bellinati standard, or, directly from the streets of Barcelona, Trío Gótico with their own Gismonti. Or artists as Michi Ruzitschka that move their life to Brazil just to seek their Brazilian Music dream. It is also interesting to feel how Venezuelan group Gurrufío mix their native musical influences with the Brazilian swing. Music from all over the world!